Aproveitando as comemorações em torno do Dia Mundial de Rock, só me fez lembrar o quanto isso é importante pra mim e bla bla bla!
E peço licença para não ser tão cult assim hoje, apenas descrever minha primeira experiência num show de puro rock and roll.
Muitos nem sabem o significado de realmente gostar de rock and roll - este estilo de música sempre é discutível, é uma modinha que está em alta na maioria das vezes.
Quando digo isso, é simples. Aquela velha história dos 3 acordes, uma batera, um baixo e uma guitarra, e um som animal que pode sair dessa junção.
Hoje só se fala em Dia Mundial do Rock. Você liga a TV e tá lá mais uma matéria tentando soar ao verdadeiro espírito rock and roll. Poucos conseguem este feito.
Mas voltando ao passado, mas precisamente ao meu primeiro show de rock, naquela tarde de sábado ensolarada do dia 1 de maio de 1993, no Parque Antártica.
O show em questão era de uma das minhas bandas preferidas, o Metallica! Eu então com meus 13 anos de idade, na companhia de minha amiga Yara, que nem sabia quem eram eles, mas que topou ir de última hora comigo, já que uma prima minha deu o cano...
Era tudo novidade pra mim, me arrumei tentando parecer o mais roqueira possível, risos, ou seja, tênis preto, bermuda jeans, uma camiseta de rock qualquer e uma camisa xadrez de flanela amarrada na cintura caso esfriasse mais tarde - o que realmente aconteceu!
Chegamos cedo, logo após o almoço e já tinha uma multidão em frente ao Parque Antártica. Tinha de tudo: patricinhas metidas a roqueiras, mauricinhos e os verdadeiros roqueiros com seu stylist impecável.
Como era meu primeiro show, óbvio que meus pais não me deixaram ir de pista e tive que me contentar em ir de arquibancada mesmo.
Sinceramente não me lembro pra que horas estava marcado a abertura, só sei que já passava das 20h quando finalmente James Hetfield, Jason Newsted, Lars Ulrich e Kirk Hammett subiram ao palco - formato de snake pit e logo de cara quebraram tudo com "Enter Sandman". Dali pra frente, os próximos minutos seriam de emoção pura e a certeza de que valeu a pena esperar horas na fila até finalmente o quarteto iniciar o show. O momento mais incrível pra mim foi quando tocaram "Sad But True" (em que peguei emprestado o binóculo de um cara ao meu lado), a quinta música do setlist matador, encerrado por uma cover do Queen, "Stone Cold Crazy".
Sonho realizado e hora de voltar pra casa! Outra história a parte e bem divertida...como toda pirralha de 13 anos, achei que sabia muito bem sair daquele formigueiro de gente...tinha marcado de meus pais me buscarem...claro que não os encontrei com facilidade e pensei: "Por que não pegar aquele projeto de táxi, um fusca vermelho?" Acreditem se quiserem, aquela era a cor do carro mesmo. Peguei a Yara e entramos, logo que fechamos a porta, avistei minha mãe do outro lado da rua, mega nervosa nos procurando, fiz o taxista parar o carro e perguntei quanto era, ele nem cobrou...descemos correndo...óbvio que quando minha mãe nos viu, quis matar as duas irresponsáveis.
Mal sabia ela, que aquele dia ainda se repetiria muitas vezes até eu começar a ir e voltar para casa sem a ajuda deles!
Hoje, já são mais de 300 shows nas costas...ingressos guardados e muitas histórias para contar!
E aproveito também para perguntar, qual foi o primeiro show de rock que foram na vida???
Para relembrar este primeiro show, posto aqui o concerto inteiro!
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