Hoje acordei com uma notícia bem triste: o cineasta britânico Tony Scott cometeu suicídio!
Numa hora dessas a pergunta mais comum que fazemos é: Por que?
Segundo a polícia de San Pedro, na Califórnia, Tony deixou um bilhete dentro de seu carro antes de se jogar da ponte Vincent Thomas.
Os reais motivos acho que não interessam, pois nunca saberemos o que realmente se passa pela mente de alguém que tem coragem de tirar a própria vida. Portanto, o que fica de Scott é o legado cinematográfico, que soma mais de 20 filmes como diretor, ao longo de três décadas de carreira.
Embora, muitos possam conhecer mais as produções dos últimos 14 anos, como Inimigo do Estado (1998), Jogo de Espiões (2001), Déja Vu (2006) e Incontrolável (2010), é indiscutível a importância de Top Gun - Ases Indomáveis, de 1986, para a cinematografia de Tony.
Foi graças a esse longa que o irmão caçula do também diretor Ridley Scott (Blade Runner) conquistou fama nos EUA e prestígio para filmar outros sucessos, além de alçar ao estrelato o jovem Tom Cruise! E claro que a trilha sonora contribuiu e muito para este filme tornar-se um clássico e figurinha carimbada das sessões da tarde nos anos 80 e 90. A dupla ainda trabalharia junta em Dias de Trovão, de 1990.
Porém, a produção mais emblemática desse cineasta para mim é Fome de Viver (The Hunger), de 1983. Na época de seu lançamento foi um fracasso nas bilheterias, mas anos depois conquistou o título de um verdadeiro cult movie e merecido.
Como não se encantar com a beleza da vampira Miriam Blaylock, interpretada por ninguém menos que a eterna La Belle de Jour Catherine Deneuve e de seu companheiro John, papel do camaleão do rock David Bowie?
A trilha sonora mistura música clássica ao rock gótico da banda Bauhaus (não creditada). Só a abertura ao som de Bela Lugosi is Dead já vale querer assistir ao resto da fita.
Tony Scott tinha 68 anos, e deixa esposa, a atriz Donna W. Scott, e dois filhos.
Confira aqui o filme Fome de Viver:
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